Na nossa escola não há uma educação para a cidadania, há uma educação na cidadania.
A ideia do para tem a ver com a ideia da sequencialidade regressiva: alguém prepara alguém para alguma coisa; o primário para o secundário, o secundário para a universidade; etc.; prepara para a vida, como se a escola não fosse vida.
Formamo-nos no exercício da cidadania, e, quando me falam de indisciplina, eu não digo eu não sei o que é indisciplina, cito o Bretch:. “das águas do rio se diz que são revoltas, nada se diz das margens que as comprimem”.
Quando as regras são instituídas pelos alunos, não há indisciplina. Há é o exercício de liberdade responsável em espaços para isso criados. E então o “dia da cidadania” não existe; é todos os dias. Por acaso os miúdos questionam muito os dias de qualquer coisa lá.
Recusam-se a fazer “dias de” porque é todos os dias.
JOSÉ PACHECO
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