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16/01/2009

RESILIÊNCIA


Resiliência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura.
Após a tensão cessar poderá ou não haver uma deformação residual causada pela histerese do material - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta para o alto.

Esse termo passou por um deslizamento em direção às ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do individuo face às adversidades, não somente guiada por uma resistência física, mas pela visão positiva de reconstruir sua vida, a despeito de um entorno negativo, do estresse, das contrições sociais, que influenciam negativamente para seu retorno à vida.
Assim, um dos fatores de resiliência é a capacidade do individuo de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.

A ciência tem-se interrogado sobre o fato de que certas pessoas têm a capacidade de superar as piores situações, enquanto outras ficam presas nas malhas da infelicidade e da angústia que se abateram sobre elas como numa rede engodada.
Por que certos indivíduos são capazes de se levantar após um grande trauma e outros permanecem no chamado fundo do poço, incapazes de, mesmo sabendo não ter mais forças para cavar, subir tomando como apoio as paredes desse poço e continuar seu caminho?

Foi o cotidiano das pessoas que passam por traumas, que realmente atravessam o vale das sombras, o que realmente atraiu a curiosidade de cientistas do mundo inteiro.
São homens, mulheres, crianças, velhos, o individuo comum do mundo que retoma sua vida após a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, em si mesmo ou em alguém da família, razões suficientes para levar um individuo ao caos.
Esses que são capazes de continuar uma vida de qualidade, sem auto-punições, sem resignação destruidora, que renascem dos escombros, esses são seres resilientes.

Uma pessoa resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e usa sua energia para lutar.
O fatalismo e o sentimento de vítima do destino passam longe destas pessoas.
Pensamentos como "tudo é difícil", "não consigo mudar de rumo ou ninguém faz nada por mim", não fazem parte de suas vidas.
Ao contrário, vão à luta para reverter situações indesejáveis a seu favor.

Não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal.
Um dos fatores de maior importância é o apoio e o acolhimento, feito em geral por um outro individuo, e essencial para o salto qualitativo que se dá.
A resiliência é, na verdade, o resultado de intervenções de apoio, de otimismo, de dedicação e amor, idéias e conceitos que entram sorrateiramente nas ciências como causa e efeito, intervenção e resultado.

Na educação
Os pais, talvez por falta de tempo e sentimentos de culpa, criam os filhos na convicção de que são uma espécie de gênios de Aladin cuja função principal é satisfazer todos os seus desejos e tolerarem todas as suas birras e desaforos.

As crianças crescem, por conseguinte, com expectativas completamente irrealistas em relação ao futuro numa visão quase exclusivamente hedonista (o prazer pessoal como bem supremo) da vida.
Para, depois, serem confrontados com uma realidade dura .

Nas escolas, com outros matizes, a situação é idêntica. Os alunos não são minimamente disciplinados nem adquirem competências.
Voam por currículos frequentemente desprovidos de qualquer aplicação prática para aterrissarem, de súbito, num mundo que não tem nada das teorias ou dos jogos de computadores.

Entrando numa sociedade de consumo, pura e dura. Sendo organismos sem defesas que o facilitismo e mimo dos pais e o laxismo das escolas eliminaram.
As defesas criam-se pela luta e pelo estímulo, nunca pela proteção excessiva e pela falta de disciplina.

A resiliência adquire-se pelo sacrifício, pela disciplina e pelo estímulo a autonomia.
Educação e resiliência têm, por isso, que ser as duas faces da mesma moeda.
Só assim estaremos aptos a viver – pelo menos com alguma saúde e qualidade – o nosso futuro incerto.

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