Minha amiga Rosaura, que tem Alma de Educador e é Educadora de Almas, me alertou para essa notícia tão triste para a Educação.
Eu já conhecia histórias de crianças que "brincavam" de policia e traficante nas favelas e (por incrível que pareça) nenhuma queria ser polícia.
Mas esse fato é preocupante.
Vejam as referencias que as crianças estão tendo.
De onde vem essas informações ou "modelos" para elas copiarem?
Crianças de uma escola pública de Sapucaia do Sul (RS) substituíram o esconde-esconde ou pega-pega por outra brincadeira que mostra como o tráfico influencia o cotidiano infantil na Região Metropolitana.
Elas começaram a brincar de traficante.
Segundo testemunhas, eles quebraram o giz da lousa, moeram até que virasse pó e embalaram em plásticos.
Na brincadeira, grupos teriam de angariar mais usuários e conquistar bocas de fumo. O caso ocorreu em sala de aula e envolveu crianças da quarta série do ensino fundamental, entre nove e dez anos.
O nome da instituição será mantido em sigilo para preservar os alunos, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
"Isso ocorreu, mas a gente conversou com eles e eles pararam", assegurou a diretora do colégio, sem dar detalhes.
Segundo uma professora, a descoberta aconteceu por acaso.
Ela conta que uma colega perguntou a um aluno por que ele estava quebrando giz.
Foi quando a criança mostrou os sacos plásticos com pó.
Para o doutor em Educação Euclides Redin, professor de políticas de educação infantil da Unisinos, o ideal é que a brincadeira sirva de alerta para tentar mudar a ligação das crianças com o mundo das drogas.
"Casos como esse devem chamar a atenção da comunidade para mostrar que a criança está vivendo em locais onde o tráfico tem força grande. Se a gente tirar essa realidade do cotidiano delas, certamente vão brincar de outras coisas", afirmou.
Subcomandante da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, o capitão Célio Vargas de Oliveira concorda com o especialista. Ele soube da brincadeira por uma informação anônima e pretende combinar palestras nas escolas.
"A brincadeira não é um crime, e sim um reflexo do que essas crianças convivem no dia a dia, em suas comunidades e, às vezes, até dentro da própria casa. Em Sapucaia, perto de escolas sempre tem uma invasão, que são os locais onde mora a maioria dos traficantes. Se o ponto não é na frente do colégio, fica a três, quatro quadras", afirmou o oficial.
Alerta
A brincadeira alarmou a Secretaria Municipal de Educação. O secretário Adilpio Zandonai reunirá as 26 escolas de Sapucaia do Sul para tratar sobre o avanço das drogas entre os adolescentes.
"Pode ter sido em tom de brincadeira, mas temos de coibir e acabar com isso", disse o secretário.
DO SITE G1
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