"Nasceu gente, é inteligente."
Essa máxima de Jean Piaget (1896-1980) resume bem quão absurdo é considerar um estudante incapaz de aprender.
Diante de dificuldades de aprendizagem, o professor deve investigar o que impede a compreensão do conteúdo.
Esse é um dos desafios de quem educa: descobrir maneiras diferentes de ensinar a mesma coisa, já que os estudantes têm ritmos e históricos variados.
Também é papel do educador se questionar sobre a abordagem do conteúdo.
Ela despertou curiosidade?
O indivíduo encontrou utilidade no que foi apresentado?
É com base nessas indagações (e nas respostas) que o professor deve pensar como expor o tema, que atividades propor e como avaliar.
Ainda assim, todos têm o direito de perguntar o que não entenderam quantas vezes quiserem, sem medo de ser rotulados, ameaçados ou castigados.
Os alunos precisam acreditar que o educador gosta de ensinar e, mais do que isso, saber que ele está cumprindo sua função.
Nas séries iniciais, é comum (e normalíssimo) encontrar crianças com dificuldades de aprendizado.
Classificar tais dificuldades como dislexia, por exemplo, não representa o melhor caminho.
Também é fácil ver estudantes mais aptos para algumas disciplinas, mas nem por isso é correto classificá-los como incapazes em relação a outros.
Todos podem desenvolver suas capacidades intelectuais e cognitivas.
É a ação do professor que faz a diferença.
REVISTA NOVA ESCOLA
Beatriz Vichessi com reportagem de Veridiana Mercatelli
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