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24/03/2010

ENSINANDO A PENSAR

Sir Ernest Rutherford, físico inglês, fundador da física nuclear e ganhador do Prêmio Nobel de Química em 1908, contava:
“Faz algum tempo, recebi um telefonema de um amigo que estava a ponto de dar um zero a um estudante pela resposta que tinha dado num problema de física, pese que este afirmava com rotundidade que sua resposta era absolutamente acertada. Professores e estudantes lembraram pedir a opinião de alguém imparcial e fui eleito.

Li a pergunta do exame que dizia: “Demonstre como é possível determinar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro”. O estudante tinha respondido:

- “Leve o barômetro ao terraço do edifício e amarra-lhe uma corda muito longa. Solte-o até a base do edifício, marque e meça.
O tamanho da corda será o do edifício”.

Realmente, o estudante tinha proposto um sério problema com a resolução do exercício, porque tinha respondido à pergunta correta e completamente. Por outro lado, se se lhe concedia a máxima pontuação, poderia alterar a média de seu ano de estudos, obter uma nota mais alta e assim certificar seu alto nível em física; mas a resposta não confirmava que o estudante tivesse esse nível.

Sugeri que se desse ao aluno outra oportunidade. Concedi-lhe seis minutos para que me respondesse a mesma pergunta mas desta vez com a advertência de que na resposta devia demonstrar seus conhecimentos de física.

Tinham passado cinco minutos e o estudante não tinha escrito nada. Perguntei-lhe se desejava espairecer, mas me contestou dizendo que teria muitas respostas ao problema. Sua dificuldade era escolher a melhor de todas. Desculpei-me por interromper-lhe e pedi que continuasse.

No minuto que restava escreveu a seguinte resposta:
- “Pegue o barômetro e lança-o ao solo do terraço do edifício, calcule o tempo da queda com um cronômetro. Depois aplique a formula da altura = (0,5*h*T²). Assim obtemos a altura do edifício.”
Neste ponto perguntei a meu amigo se o estudante podia retirar-se. Deu-lhe a nota mas alta.

Logo depois, reencontrei-me com o estudante e pedi que me contasse suas outras respostas à pergunta.
- “Bom…”- respondeu -”…há muitas maneiras. Por exemplo, pegue o barômetro num dia ensolarado e meça a altura do barômetro e a longitude de sua sombra. Se medimos a seguir a longitude da sombra do edifício e aplicamos uma simples proporção, obteremos também a altura do edifício.”

Perfeito, disse-lhe, e de outra maneira? E ele prontamente:
- “Este é um procedimento muito básico para medir a altura de um prédio, mas também serve. Neste método, pegue o barômetro e fique posicionado nas escadas do edifício no térreo. Então vá subindo as escadas enquanto marca a altura do barômetro e conte o número de marcas até o terraço. Multiplique, ao final, a altura do barômetro pelo numero de marcas e terá a altura. Este é um método muito simples e direto.”
E continuando :
- “No entanto, se o que quer é um procedimento mas sofisticado, pode amarrar o barômetro a uma corda e movê-lo como se fosse um pêndulo. Se calculamos que quando o barômetro esta à altura do terraço a gravidade é zero e se temos em conta a medida da aceleração da gravidade ao descer o barômetro em trajetória circular ao passar pela perpendicular do edifício, da diferença destes valores, e aplicando uma singela formula trigonométrica, poderíamos calcular, sem dúvida, a altura do edifício.
Mas enfim … existem muitas outras.
Provavelmente, a melhor seja pegar o barômetro e bater na porta do apartamento do zelador e quando ele abrir dizer: Oh meu amigo, tenho aqui este barômetro muito legal e bonito.
Se você me dizer a altura exata do prédio, dou-lhe de presente.”

Neste momento da conversa, perguntei-lhe se não conhecia a resposta convencional do problema(a diferença de pressão marcada pelo barômetro em dois lugares diferentes nos permite saber a diferença de altura entre estes mesmos dois pontos).
- “Evidente que sim, mas durante meus estudos, os professores sempre me incitaram a pensar.”

 
Á margem da veracidade do divertido e curioso personagem, o essencial da história é que haviam lhe ENSINADO A PENSAR.“
O estudante se chamava Niëls Bohr, prêmio Nobel de física em 1922, mas conhecido por ser o primeiro a propor o modelo do átomo como conhecemos hoje em dia, com prótons, neutrons e elétrons nas camadas. Foi fundamentalmente um inovador da teoria quântica.

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