BOLSA-FAMÍLIA

Recebi esse email de uma amiga educadora.
A idéia jocosa de uma frase motivacional.

"Não esmoreça nem desista.
Trabalhe duro!
Milhões de pessoas que vivem da Bolsa-Família, sem trabalhar, dependem de você!
Fiquei triste.
Triste pela frase, pois parece que não existem seres humanos, não existe ninguém do outro lado que está recebendo esse favor que é o bolsa-família.
Pensei em um momento o que seria estar na pele "desses folgados"
Li um artigo que dizia:
"Quando nos colocamos no lugar de alguém, levamos conosco nosso código de valores.
Entramos no corpo do outro com nossa alma.
Partimos do princípio de que essa operação é possível, uma vez que acreditamos piamente que as almas são idênticas; ou, pelo menos, bastante parecidas.
Cada vez que o outro não age de acordo com aquilo que pensávamos fazer no lugar dele, experimentamos uma enorme decepção.
Entristecemo-nos mesmo quando tal atitude não tem nada a ver conosco. "

Também a minha tristeza por saber que uma ajuda que deveria ser provisória como o bolsa-família, passa a ser permanente, pois a ação social infelizmente não promove ninguém à vida, simplesmente são remendos novos em vestidos velhos.

Tão bela é a frase “melhor que dar um peixe é ensinar a pescar”, mas na prática, dá-se o peixe como forma de esmola, e aqueles que recebem ficam com a fama de vagabundos.

Por isso a minha esperança na educação.
A educação transformadora.

São 17 milhões de crianças cuja família recebe o bolsa-família.
Enquanto isso, porque não... trabalhemos mais...

Como alguém pode sustentar e viver nessa regalia de gastar em média de R$ 60,00 ao mês?
Sessenta reais, que muitos de nós, podemos nos dar ao luxo de gastar num jantar a dois em apenas uma noite.
Enquanto isso, um parlamentar custo para nós a bagatela de 12 milhões de reais por ano, cada um.
Alguém já imaginou que cada um desses "politicos" foi criança e passou nas mãos de muitos educadores?

Ângelo Poncio Júnior - Aprendiz de educador