A ÚLTIMA GRANDE LIÇÃO - O SENTIDO DA VIDA

Vítima de Esclerose Lateral Amiotrófica, e confrontado com a inexorabilidade da própria vida, o doutor em sociologia e professor Morrie Schwartz escolheu atravessar os dias que lhe restavam narrando a travessia. Escolheu mergulhar na experiência, acolher a dependência progressiva e deleitar-se com ela como quando era um bebê.
Fiel aos seus valores e exercendo a arte de ensinar até o final das suas forças, construiu com seu aluno Mitch Albom a derradeira tese, na qual se dedicaram a abordar O Sentido da Vida e que foi baseada no aforismo de que quando se aprende a morrer, aprende-se a viver.
 

Suas conversas ao longo de 14 terças-feiras ressaltaram o estímulo à expressão verbal dos sentimentos; a dar e receber amor; a respeitar os valores permanentes; a descartar as travas culturais e concentrar-se no que é essencial; a priorizar a família e prestar atenção quando os entes queridos falam; a manifestar afeto também através do contato físico; a desfrutar a beleza de cada idade; a transcender o sofrimento e usá-lo para fazer o bem; a perdoar-se e perdoar aos outros; a pensar na morte como uma seqüência natural - como uma "parte do contrato" – e enfrentá-la com serenidade.
 
Disposto a desapegar-se do medo e olhando a morte de frente, ainda foi capaz de participar de uma minisérie televisionada que teve grande impacto nacional, onde, em três entrevistas, se expôs a partir com serenidade.
 Segundo o professor, quem encontra um sentido para a vida, não deseja voltar atrás.
 Partindo do princípio da aceitação, acolheu todas as etapas progressivas das suas dificuldades físicas, e enquanto seu corpo definhava, o espírito adquiria mais brilho.
 A consciência de que o mundo não pára independente das nossas dores pessoais, foi surpreendente mas libertadora.
O conjunto da Tese é um convite à reflexão.