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24/04/2015

A POESIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

Composto entre 37 e 30 a.C., o poema é dirigido a Mecenas, ministro de Augusto e incentivador das artes, que, possivelmente, instara junto ao poeta para que a obra fosse escrita, por estar empenhado em colocar as letras romanas a serviço da política de Augusto: cantando a terra e os encantos da vida rural, o poema talvez pudesse incentivar o retorno ao campo de milhares de camponeses desempregados que superpovoavam a cidade, restaurando-se, também, a agricultura itálica, deixada em segundo plano durante o tumultuado período das guerras civis.

Há tantas guerras no mundo,
tantas espécies de crimes;
o arado não recebe as honras merecidas;
os campos desfalecem com a partida dos lavradores
e as foices curvas se fundem em rígidas espadas
VIRGÍLIO

Virgílio fala do nascimento espontâneo das árvores e das formas de reprodução que o agricultor deve conhecer.
Estabelece preceitos de arboricultura, refere-se ao aprimoramento das espécies e relaciona as árvores com os tipos de solo que as produzem.
Reserva grande espaço para considerações sobre a cultura das videiras e se refere também ao cultivo das oliveiras e de árvores frutíferas, em geral, e às plantas silvestres que produzem essências.

A primavera é necessária à folhagem dos bosques; a primavera

é necessária às selvas; é na primavera que a terra se inturgesce,

pedindo sementes geradoras.

Éter, então, o pai poderoso,

declina sobre o seio da esposa fértil como chuva fecunda

e, com sua grandeza, se mescla à grandeza da terra, gerando filhos.

Os matagais intrincados ressoam com o canto das aves

e o gado reclama por Vênus, nos dias certos.

O campo fértil produz e o ventre da terra se abre

ao sopro quente do Zéfiro.


Uma seiva suave se alastra por tudo;

os rebentos, seguros, ousam confiar-se ao sol;

os pâmpanos não temem os Austros que se levantam

nem a chuva que cai do céu pela força do Aquilão:

abrem seus brotos e desatam todas as folhas
VIRGILIO

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