Composto entre 37 e 30 a.C., o poema é dirigido a Mecenas, ministro de Augusto e incentivador das artes, que, possivelmente, instara junto ao poeta para que a obra fosse escrita, por estar empenhado em colocar as letras romanas a serviço da política de Augusto: cantando a terra e os encantos da vida rural, o poema talvez pudesse incentivar o retorno ao campo de milhares de camponeses desempregados que superpovoavam a cidade, restaurando-se, também, a agricultura itálica, deixada em segundo plano durante o tumultuado período das guerras civis.
Há tantas guerras no mundo,
tantas espécies de crimes;
o arado não recebe as honras merecidas;
os campos desfalecem com a partida dos lavradores
e as foices curvas se fundem em rígidas espadas
VIRGÍLIO
Virgílio fala do nascimento espontâneo das árvores e das formas de reprodução que o agricultor deve conhecer.
Estabelece preceitos de arboricultura, refere-se ao aprimoramento das espécies e relaciona as árvores com os tipos de solo que as produzem.
Reserva grande espaço para considerações sobre a cultura das videiras e se refere também ao cultivo das oliveiras e de árvores frutíferas, em geral, e às plantas silvestres que produzem essências.
A primavera é necessária à folhagem dos bosques; a primavera
é necessária às selvas; é na primavera que a terra se inturgesce,
pedindo sementes geradoras.
é necessária às selvas; é na primavera que a terra se inturgesce,
pedindo sementes geradoras.
Éter, então, o pai poderoso,
declina sobre o seio da esposa fértil como chuva fecunda
e, com sua grandeza, se mescla à grandeza da terra, gerando filhos.
Os matagais intrincados ressoam com o canto das aves
e o gado reclama por Vênus, nos dias certos.
O campo fértil produz e o ventre da terra se abre
ao sopro quente do Zéfiro.
declina sobre o seio da esposa fértil como chuva fecunda
e, com sua grandeza, se mescla à grandeza da terra, gerando filhos.
Os matagais intrincados ressoam com o canto das aves
e o gado reclama por Vênus, nos dias certos.
O campo fértil produz e o ventre da terra se abre
ao sopro quente do Zéfiro.
Uma seiva suave se alastra por tudo;
os rebentos, seguros, ousam confiar-se ao sol;
os pâmpanos não temem os Austros que se levantam
nem a chuva que cai do céu pela força do Aquilão:
abrem seus brotos e desatam todas as folhas
os rebentos, seguros, ousam confiar-se ao sol;
os pâmpanos não temem os Austros que se levantam
nem a chuva que cai do céu pela força do Aquilão:
abrem seus brotos e desatam todas as folhas
VIRGILIO
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