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02/08/2015

FILHOS DO MESMO PAI

Dom Helder morava numa casa modesta ao lado da igreja das Fronteiras, no Recife. Frequentemente, as pessoas que tocavam a campainha eram atendidas pelo próprio arcebispo.

Certa noite, a polícia fez batida numa favela da capital pernambucana, em busca do chefe do tráfico de drogas.

Confundiu um operário com o homem procurado.

Levou-o para a delegacia e passou a torturá-lo.

Pela lógica policial, se o preso apanha e não fala é porque é importante, treinado para guardar segredos.

Vizinhos e a família, desesperados, ficaram em volta da delegacia ouvindo os gritos do homem.

Até que alguém sugeriu à esposa do operário recorrer a Dom Helder.

A mulher bateu na igreja das Fronteiras: “Dom Helder, pelo amor de Deus, vem comigo, lá na delegacia do bairro estão matando meu marido a pancadas”.

O prelado a acompanhou.

Ao chegar lá, o delegado ficou assustadíssimo

: “Eminência, a que devo a honra de sua visita a esta hora da noite?”

Dom Helder explicou:

“Doutor, vim aqui porque há um equívoco.

Os senhores prenderam meu irmão por engano”.

“Seu irmão?!”

“É, fulano de tal – deu o nome – é meu irmão”.

“Mas, Dom Helder – reagiu o delegado perplexo -, o senhor me desculpe, mas como podia adivinhar que é seu irmão. Os senhores são tão diferentes!”.

Dom Helder se aproximou do ouvido do policial e sussurrou:

“É que somos irmãos só por parte de Pai”.

“Ah, entendi, entendi”.




Contado por Frei Betto

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