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31/03/2016

PEGOS NA MENTIRA

A cada quatro vezes que as pessoas entram em contato com as outras, em pelo menos uma contam uma mentira.
Significa que mentimos em 25% do tempo.
A descoberta está no livro "Como identificar a mentira", da psicóloga e professora Mônica Portela, recém-lançado pela editora Quality Mark.
A especialista revela que pegar um mentiroso no flagrante não é assim tão difícil. Principalmente os mais jovens, que são mestres em dar pistas.
Dê um presente para uma criança e mate a charada: ela realmente gostou?
É fácil descobrir. Basta analisar se seu sorriso é autêntico.
A psicóloga explica que, na infância, ocorrem dois fenômenos: as crianças dão mais bandeira na hora de mentir, porém, são mais sensíveis para identificar a mentira nos adultos. Aprenda mais dicas na entrevista a seguir.
Crianças costumam ser rotuladas de autênticas, puras e ingênuas, mas não escapam da mentira.
Qual a idade em que a dissimulação fica mais aparente?
Mônica Portella: Uma criança de 2 anos já mente, mas muito mal. Os mais novos dão mais pistas.
Por exemplo, um menino que mente dizendo que sua irmã bateu nele começa a berrar, mas não consegue chorar. Ou, se não quer comer, fala que a comida está ruim. Na fase pré-escolar (3-4 anos), as crianças aprendem a ter um controle maior sobre seus gestos, posturas e expressões faciais.
A partir dos 5, 6 anos, a maior parte delas já é capaz de relatar quando e por que precisa mentir sobre suas emoções e entende como isso afeta outras pessoas.
O comportamento dos pais pode incentivar uma criança a mentir?
À medida que elas são socializadas, aprendem o que devem ou não expressar nas várias situações, inibindo sua espontaneidade.
Durante o ensinamento das regras de convivência, muitas vezes os pais fazem a criança esconder que está decepcionada.
Se ela ganha um presente que não gostou e verbaliza isso, os pais logo rebatem: "Gostou sim, meu filho!". A partir daí, ela entende que tem que esconder o verdadeiro sentimento. E se tiver que dar um sorriso nestas circunstâncias - o que acontece mais com as meninas - vai soar falso.


O que é mais difícil: mentir com o rosto ou com as palavras?
Nos adultos, é mais fácil esconder a mentira com as palavras, depois com o rosto. O mais difícil é ter consciência de nossa postura corporal. As crianças têm menos controle, principalmente do rosto.
A expressão fica torta: uma parte mostra raiva e a outra, tristeza. Isso acontece, por exemplo, quando ela morre de vontade de pular no pescocinho do irmãozinho, mas não é adequado mostrar para a mãe.
No discurso mentiroso, um gesto muito usado é esconder a boca com as duas mãos. Em certos casos, ela começa a falar a verdade, se dá conta de que não pode e tenta corrigir.
A emenda acaba saindo pior do que o soneto. Ou então ela revela o que não podia contar, mas aí já é tarde demais.
A mentira acaba se tornando uma necessidade?
As crianças geralmente mentem por medo de sofrer alguma sanção.
As que são de família de nível socioeconômico mais baixo podem dizer que têm um brinquedo que na verdade não é delas, ou que moram num lugar diferente da realidade. Elas temem ser rejeitadas pelos amiguinhos.
No seu livro, há um trecho que diz que as crianças têm mais facilidade do que os adultos para perceber a mentira...
Parece que elas têm um sexto sentido.
Não adianta papai e mamãe esconderem que estão se separando e contarem uma história da carochinha. Os filhos percebem e a dissimulação dos pais tende a gerar ainda mais insegurança nas crianças. Outra cena comum é a filha perguntar: "Mamãe, por que você está triste?".
Se ela responder que não está, a filha certamente vai rebater: "Está sim!". Com 4, 5 anos, as crianças já sabem colocar os pais contra a parede. Elas não têm papas na língua.
Muitos adolescentes se acham espertos quando tentam colar nas provas. Que gestos poderiam denunciá-los?
Os professores já conhecem a personalidade de seus alunos. E podem identificar que um estudante quer colar quando ele olha muito para quem toma conta da prova, tende a se mexer mais na carteira e colocar a mão na cabeça.
É preciso, no entanto, cuidado para não confundir os sinais típicos de quem está colando com os de um estudante que está apenas nervoso e ansioso com o exame.
Como os professores devem lidar com os estudantes que mentem em sala de aula?
É importante não expor o jovem na frente de seus colegas. Numa situação de furto, por exemplo, o professor deve conversar com o aluno e fazer com que ele devolva o objeto.
Mostrando as conseqüências sim, mas sem expor a pessoa ao ridículo. Os pais também devem ficar atentos na hora de reprimir seus filhos. Em vez de afirmar "você é um mentiroso", diga que a criança errou naquele momento e que não deve mais mentir. Do contrário, a criança ficará rotulada como mentirosa e terá sua auto-imagem destruída. Por isso, devemos criticar o comportamento e não a pessoa.

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