Essa matéria da Revista Época, mostra um lado interessante da Educação, "Novos estudos mostram que elogiar uma criança nem sempre é o melhor para ela", é claro que principalmente os elogios vazios, fora de um contexto ao qual a criança com sua capacidade de percepção, sente a real intençao.
Thomas anda com cinco amigos da escola. Eles são os "meninos inteligentes". Thomas é um deles e gosta de pertencer a um grupo. A esse grupo.
Desde que aprendeu a andar, ouve constantemente que é inteligente. Não são só seus pais que dizem isso, mas qualquer adulto que tenha contato com essa criança precoce. Quando se inscreveu no jardim-de-infância da escola Anderson, de Nova York, sua inteligência ficou estatisticamente comprovada.
Porém, ao longo de seus avanços na escola, essa consciência de que era inteligente nem sempre se traduzia em segurança para enfrentar o trabalho escolar. Na verdade, o pai de Thomas notou exatamente o oposto. "Thomas não queria tentar fazer coisas que achava que não conseguiria," diz o pai. "Conseguia resolver algumas coisas muito rapidamente, mas, quando não conseguia, desistia quase imediatamente e concluía: 'Não sou bom nisso'." Com apenas uma olhada, Thomas dividia o mundo em dois: as coisas em que era naturalmente bom e as em que não era.
Nas séries iniciais, por exemplo, como Thomas não soletrava muito bem, simplesmente se recusava a soletrar em voz alta. Quando Thomas viu frações pela primeira vez, hesitou. A maior barreira apareceu quando precisou aprender a usar letra cursiva. Durante semanas, nem sequer tentou. A essa altura, o professor já exigia que a lição de casa fosse feita em letra cursiva. Em vez de pôr em dia a caligrafia, Thomas se recusava terminantemente a tentar. O pai de Thomas tentou conversar com ele. "Não é só porque você é inteligente que não precisa se esforçar um pouco." (No fim, Thomas conseguiu aprender a usar a letra cursiva, mas foi preciso muita conversa.)
Por que uma criança como essa não confia em si mesma para enfrentar desafios escolares de rotina?
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