Segundo
Piaget o desenvolvimento da criança passa por quatro estados, que ele próprio
chama de fases de transição essas quatro fases são o Sensório-motor (0 – 2
anos), o Pré-operatória (2 – 7 anos), o Operações concretas (7 – 12 anos) e o
estádio das operações concretas.
A
adaptação, quando definida por Piaget, como o próprio desenvolvimento da
inteligência, ocorre através da assimilação e acomodação.
Os esquemas de
assimilação vão se modificando, configurando os estádos de desenvolvimento.
Considera
ainda que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores
como: maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento
dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos), aprendizagem social (aquisição
de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais) e equilibrarão (processo
de auto regulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de
reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido).
PRÉ-OPERATÓRIO
É
nesta fase que surge na criança, a capacidade de substituir um objeto ou
acontecimento por uma representação, esta substituição é possível, conforme
Piaget, graças à função simbólica.
Neste estagio a criança já não depende
unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um
significador (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto
ausente), o significado, é importante ressaltar o caráter
lúdico do pensamento simbólico.
.Assim este estágio é também muito conhecido
como o estágio da Inteligência Simbólica.
Contudo,
lembra que a atividade Sensório-motor não está esquecida ou
abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma
crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o
ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções
intuitivas.
A
criança deste estágio: é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se
colocar, abstratamente, no lugar do outro, não aceita a idéia do acaso e tudo
deve ter uma explicação, já pode agir por simulação, "como se",
possui percepção global sem discriminar detalhes e deixa-se levar pela
aparência sem relacionar fatos.
Podemos dizer que a criança e egocentrista da sua
maneira, ou seja, implica a ausência da necessidade, por parte da criança,
de explicar aquilo que diz, por ter certeza de estar sendo compreendida.
Da
mesma forma, o egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico,
pré-causal, mágico, animista e artificialista.
O raciocínio infantil não é nem
dedutivo nem indutivo, mas transdutivo, indo do particular ao particular; o
juízo não é lógico por ser centrado no sujeito, em suas experiências passadas e
nas relações subjetivas que ele estabelece em função das mesmas.
Os desejos, as
motivações e todas as características conscientes, morais e afetivas são
atribuídas às coisas (animismo).
A criança pensa, por exemplo, que o cão ladra
porque está com saudades da mãe.
Por outro lado, para as crianças até os sete
ou cinco anos de idade, os processos psicológicos internos têm realidade
física: ela acha que os pensamentos estão na boca ou os sonhos estão no quarto.
Dessa confusão entre o real e o irreal surge a explicação artificialista,
segundo a qual, se as coisas existem é porque alguém as criou.
Do
ponto de vista do juízo moral observa-se que, a princípio, a moral é totalmente
heterônoma, passando a autônoma na medida em que a criança começa a sair do seu
egocentrismo e compreender a necessidade da justiça equânime e da
responsabilidade individual e coletiva, independentes da autoridade ou da
sanção imposta.
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