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21/10/2015

A EDUCAÇÃO INTEGRAL DE ATENAS

Para os atenienses, assim como para todos os gregos a educação era modelar, assentada nos poemas épicos tais como Ilíada e Odisséia.
Durante séculos, a educação literária tradicional, segundo TSURUDA (1994), centrou-se na memorização e no canto acompanhado da lira, transmitiu ás crianças e aos adolescentes gregos o ideal de vida e o modelo de conduta de Aquiles, Ulisses e de Telêmaco dentre outros.
Convém ressaltar que os aspectos negativos também eram analisados com o fito de serem evitados pelos aprendizes.
Somando-se as qualidades de coragem, espírito de sacrifício e de urbanidade o homem aristocrático grego deveria reunir as qualidades de ser hospitaleiro, freqüentar banquetes, assumir a prática esportiva, o debate político e as guerras. “Viver pouco, morrer jovem e ser cantado pela posteridade”. Ter honra (timê) e vergonha (aidós) como valores primordiais.

O currículo ateniense
A educação escolar em Atenas era composta por três partes (letras, música e ginástica), e possuía professores especializados.
O gramatista (grammatistés), ensinava a ler e a escrever ministrando também os primeiros cálculos.
Sentado sobre um tamborete o aluno grafava sobre tábuas pequenas revestidas de cera. A escrita era feita com um estilete de metal ou marfim cuja ponta permitia sua impressão e um segundo usado para apagar os caracteres escritos.
O estudante lia poemas de Homero, Sólon e Hesidoro poesias que traziam em sue bojo cunho moral, narrativas e feitos heróicos.
O citarrista (kitharistés), ensinava o aluno a tocar a lira e a flauta a cantar e a declamar.
Os exercícios ginásticos eram realizados na palestra; local aberto cercado de pórticos e decorados com estátuas de Hermes e de Herácles padroeiro dos jovens e dos atletas. O orientador das atividades físicas denominava-se pedótriba (paidotribes), e era assim como os demais profissionais da educação formal, vigiado por um magistrado.
Segundo BRANDÃO (1989), este “professor” assumia um papel bastante relevante na educação escolar.
A ginástica segundo no ensina JARDÉ (1977), outro autor que escreve sobre educação afirma que esta ”era reservada aos adolescentes.
O menino que freqüentava a escola gramatista desde os sete anos de idade, não ira à palestra antes dos doze anos e só passava a exercitar-se assiduamente, quando completava quatorze. Era a sua preparação para a efebia” (p.210).

Os cidadãos ricos prosseguiam seus estudos freqüentando as escolas dos retores que ensinavam eloqüência e política. Precisava-se ser racional, defender seus direitos e argumentar. O homem educado era um orador.

"O caráter de classe da educação grega aparecia na exigência de que o ensino estimulasse a competição, as virtudes guerreiras, para assegurar a superioridade militar sobre as classes submetidas e as regiões conquistadas.
O homem bem educado tinha que ser capaz de mandar e de fazer-se obedecer" (GADOTTI, 1993:30).

Os gregos (atenienses) idealizaram um currículo que mesclava a educação e a cultura. Visando a formação do homem integral, implementaram sessões de ginástica para a formação do corpo (domínio motor), aulas de filosofia e de ciências para a formação das habilidades mentais e aquelas de música e de artes para a formação do senso estético e moral (domínio sócio - afetivo).
Os exercícios físicos eram praticados nos ginásios - principalmente pelos cidadãos - homens livres, nascidos de pai e mãe atenienses, os únicos a terem direito de possuir terras, gozar de plenos direitos políticos.

Os demais, homens de outra proveniência - metecos ou estrangeiros com permissão de fixar-se na cidade deveriam exercitar-se em outros locais.
Estes eram protegidos pelas leis, pagavam impostos, prestavam serviço militar mas, não tinham direito da posse terra e participar de decisões governamentais.
O movimento, a personalidade e o jogo
As questões de descendência e linhagem familiar já estavam regulamentadas.
As bases filológicas, eugenésicas para uma procriação e infância melhor já representavam certa preocupação pois a primeira infância foi tida como uma fase decisiva de educação moral.
De acordo com a obra Paidéia: a formação do homem grego, as normas médicas e a explícita necessidade do movimento desde a mais tenra idade, já se encontram prescritas no postulados daquele povo.

Platão recomenda que as mães passeiem durante a gestação e que façam massagem as suas crianças até dois anos de idade.
“O movimento deve ser uma constante na vida das crianças que de modo nenhum deve - se obrigar a permanecer quietas.
A imobilidade não faz parte da natureza da criança; “o indicado para sossegar a criança não é o silêncio mas o canto, pois o movimento exterior liberta-a do medo interior e a sossega” (JAERGER, 1995:1351).

A educação opressiva que traz sensação de medo não é recomendada.
Deve-se educar a criança na alegria, pois ela oferece as bases para a harmonia e pleno equilíbrio do caráter.
Sobre as atividades recomendadas por Platão para as crianças de 03 a 06 anos, encontram-se os jogos


Orientados inicialmente pelas mulheres, meninos e meninas até os seis anos de idade devem estar entregues ao regime de co-educarão.
A educação gímnica é ampliada praticando-se a dança, os exercícios em círculo tendo em vista a futura educação militar.
Os jogos são para Platão um meio para o desenvolvimento do “Ethos” adequado; é nele que se concede liberdade plena à capacidade inventiva das crianças de 3 a 6 anos de idade.
Depreende-se em todas as páginas da obra “Paidéia: a formação do homem grego”, que as manifestações humanas devem consagrar o homem político.
Todas as atividades, recomendações e prescrições têm apenas uma meta qual seja, a formação do homem integral ou guerreiro visando a polis.
Profa. Dra. ARANTES, Ana Cristina

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