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10/02/2024

O PINTOR E A CRIANÇA

Séculos atrás, um grande artista foi contratado para pintar um mural para a catedral de uma cidade da Sicília.

O assunto foi a vida de Cristo.

Por muitos anos, o artista trabalhou diligentemente e, finalmente, a pintura foi terminada, exceto para as duas figuras mais importantes: o Menino Jesus e Judas Iscariotes.

Ele pesquisou muito para os modelos adequados.

Um dia, ao andar na cidade ele se deparou com algumas crianças brincando na rua. Entre eles estava um menino de 12 anos cujo rosto agitou o coração do pintor.



O artista levou o menino para casa com ele, e dia após dia, o menino sentou-se pacientemente até que o rosto do Menino Jesus foi concluída. Mas o pintor ainda não tinha encontrado nenhuma modelo para o retrato de Judas.

A história da obra-prima inacabada ao longe espalhou, e muitos homens, fantasiando-se de semblante mau, se ofereceu para posar para Judas.

Mas em vão o velho pintor olhou para Judas, como ele previa ser ele, um homem deformado pela vida, debilitados pela renúncia à cobiça e luxúria.

Então, uma tarde, sentado em uma taverna, uma figura magra e esfarrapada escalonados para além do limiar. "Vinho, o vinho", ele implorou.

O pintor olhou assustado para um rosto que parecia ter as marcas de todos os pecados da humanidade. "Muito animado, o velho pintor disse, 'Venha comigo, e eu vou dar-lhe vinho.'

Durante muitos dias o pintor trabalhava febrilmente para concluir sua obra-prima.

Como o trabalho prosseguiu, a mudança veio em relação ao modelo.

Uma estranha tensão substituiu a languidez ao estupor, seus olhos injetados de sangue fixaram-se com horror à semelhança que era pintado de si mesmo.

Percebendo a agitação sujeito, o pintor fez uma pausa em seu trabalho. "Meu filho", disse ele, "o que incomoda tanto?"


O homem cobriu o rosto com as mãos, soluçando. Após um longo momento ele levantou os olhos suplicantes para enfrentar o velho pintor. "Você não se lembra de mim, então?

Anos atrás, eu era o seu modelo para o Menino Jesus".

09/02/2024

O QUE AMEDRONTA OS EXTREMISTAS


22/04/2021

A VISÃO DE UM ESCRITOR NO DESCOBRIMENTO DO BRASIL


A carta de Caminha
Carta de Pero Vaz de Caminha a El Rei D. Manuel
Primeiro de maio de 1500





Senhor,
posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!




E portanto, Senhor, do que hei de falar começo:
E digo que:
A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas,nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, asaber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.
Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para poder ser !
Fez o capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes. Mas... não apareceu mais !




Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz!




E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro.
Então lançamos fora os batéis e esquifes.


E logo vieram todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor. E ali falaram. E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio.


E tanto que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia homens aos dois e aos três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito ou vinte.
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos.




E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas não os aproveitou. Logo, já de noite, levou-os à Capitaina, onde foram recebidos com muito prazer e festa.
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; ea parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber.
Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas




Em seguida o Capitão foi subindo ao longo do rio, que corre rente à praia. E ali esperou por um velho que trazia na mão uma pá de almadia. Falou, enquanto o Capitão estava com ele, na presença de todos nós; mas ninguém o entendia, nem ele a nós,por mais coisas que a gente lhe perguntava com respeito a ouro, porque desejávamos saber se o havia na terra.




Para ler as outras cartas PERO VAZ DE CAMINHA

21/11/2020

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA


Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.

A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.
Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.

Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:

- O que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente:

- A senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:

- Servi sim senhor!

Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos.

Todos pensaram que ele iria brigar. Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente:

- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!


21/06/2017

SOLSTÍCIO










Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não se mexe) é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. 
Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho.

                      Solar



                          Gal Costa

Venho do sol
A vida inteira no sol
Sou filha da terra do sol
Hoje escuro
O meu futuro é luz e calor
De um novo mundo eu sou 
E o mundo novo será mais claro
Mas é no velho que eu procuro
O jeito mais sábio de usar
A força que o sol me dá
Canto o que eu quero viver
É o sol
Somos crianças ao sol
A aprender e viver e sonhar
E o sonho é belo
Pois tudo ainda faremos
Nada está no lugar?
Tudo está por pensar
Tudo está por criar
Saí de casa para ver outro mundo, conheci 
Fiz mil amigos na cidade de lá
Amigo é o melhor lugar
Mas me lembrei do nosso inverno azul
Eu quero é viver o sol
É triste ter pouco sol 
É triste não ter o azul todo o dia
A nos alegrar
Nossa energia solar
Irá nos iluminar
O caminho

21/03/2017

PABLO PINEDA, ATOR, PEDAGOGO E COM SÍNDROME DE DOWN



Ator e pedagogo com síndrome de Down relata rotina de preconceito e superação

Pablo Pineda tornou-se uma celebridade na Espanha. 

Não só por ser o primeiro portador de síndrome de Down que obteve um diploma universitário na Europa, como também por atuar como protagonista do filme "Yo, También", de 2009, que narra a história de um agente social com a síndrome que se apaixona por uma colega de trabalho.

Aos 37 anos, ele tem licenciatura em Pedagogia e falta pouco para conseguir o segundo diploma universitário, também em um curso de magistério. 
Seu próximo projeto agora? 
Conseguir uma carteira de motorista.

20/03/2017

NÃO TENHA MEDO

DO SITE RAZÕES PARA ACREDITAR

Vídeo feito por portadores de Síndrome de Down procura acalmar as futuras mães de crianças com a mesma síndrome que eles.

Uma mãe enviou um e-mail para uma organização de apoio à Síndrome de Down, a CoorDown, pois havia descoberto que seu filho tem a síndrome e ficou com medo em relação ao seu futuro. “Que tipo de vida meu filho vai ter?”

A Saatchi & Saatchi italiana resolveu então fazer um vídeo, que também celebra o Dia Mundial da Síndrome de Down, dia 21 de março, no vídeo vemos 15 portadores da síndrome para responder à pergunta da mãe, mostrando que os desafios, alegrias e aprendizados vão acontecer, independente do filho ser Down ou não. 

Afinal, são todos humanos incompletos. Vejam (ativem a legenda em português, se necessário):

A MANHÃ SE ROMPEU






Cat Stevens
A Manhã Se Rompeu

A manhã se rompeu Como a primeira manhã
O melro cantou
Como o primeiro pássaro Louvor para o canto Louvor para a manhã
Louvor para o nascimento recente Do mundo
Doce é a chuva do novo outono Iluminada pelo sol vindo do céu
Como o primeiro orvalho Sob a primeira grama
Louvor para a doçura do jardim molhado Brotado em completude
Por onde os pés dele passam
Minha é a luz do sol, minha é a manhã
Nascida de uma luz, o paraíso viu a diversão
Louve com entusiasmo, louve cada manhã A recriação de Deus do novo dia

A manhã se rompeu Como a primeira manhã
O melro cantou
Como o primeiro pássaro Louvor para o canto Louvor para a manhã
Louvor para o nascimento recente Do mundo

13/03/2017

GIOVANA

Esta  é GiovanaYumbo Ruiz, tem 8 anos de idade e é exemplo de VIDA, de AMOR único, nasceu em Atalaya na região Ucayali, PERU.
Existe um grupo que quer tornar sua vida um pouco mais fácil.
O SEU SORRISO, a sua alegria é contagiante, ao ponto de tocar o CORAÇÃO com ESPERANÇA.

Esta pequena menina alegre  tem uma síndrome rara -. Tetra-Amelia 


Caso parecido ao de Nicholas James Vujicic que também nasceu sem os braços e pernas. 







Ela cresceu em sua aldeia muito pobre, quase sem cuidado ou  tratamento especializado. 
Depois de uma matéria televisiva, Giovana foi levada para um centro especializado para aprender a se adaptar. 






O que é de se admirar nessa linda menina. é que nunca está triste e visivelmente sempre de bom humor.

05/03/2017

TRÊS DIAS DE VISÃO

O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?

Helen Keller, VEJA BIOGRAFIA
cega e surda desde bebê, há setenta anos, escreveu um ensaio que a revista seleções publicou e diz mais ou menos assim:

Às vezes o meu coração anseia por ver tudo aquilo que só conheço pelo tato. Se eu consigo tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos, por apenas três dias.

O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles.

Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus dois cães.

À tarde daria um longo passeio pela floresta, contagiando meus olhos com as belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr de sol colorido.

Creio que nessa noite não conseguiria dormir.

No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria, assombrada, o magnífico panorama de luz com que o sol desperta a terra adormecida.

Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus.

Tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tato. Todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado.

A noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema.

No terceiro dia, a cidade seria meu destino. Iria aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajaria pelo mundo visitando os bairros estrangeiros.

E meus olhos estariam sempre abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu pudesse descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.

À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver.

Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixara de apreciar.

05/01/2017

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

02/01/2017

NENHUM ATO DE CARIDADE É PEQUENO

"Se eu puder impedir que um coração se parta, Não terei vivido em vão; Se eu puder aliviar o sofrimento de uma vida,Ou diminuir a dor, Ou ajudar um frágil rouxinol A voltar novamente para seu ninho, Não terei vivido em vão."

(Emily Dickinson)

50 Histórias para Aquecer o Coração



O dia era quinta-feira de Ação de Graças, nosso "dia designado" de trabalho, uma tradição semanal que eu e minhas duas filhas pequenas começamos há alguns anos.

Quinta-feira é nosso dia de sair no mundo e fazer uma contribuição positiva. Nesta quinta-feira em especial não tínhamos idéia do que iríamos fazer, mas sabíamos que surgiria alguma coisa.

Dirigindo por uma estrada movimentada de Nouston, rezando por um sinal na busca para realizarmos nosso ato de caridade semanal, o meio-dia adequadamente provocou pontadas de fome em minhas duas filhinhas. 

Elas não perderam tempo em me dizer, cantando: "McDonald's, McDonald's, McDonald's" enquanto eu dirigia. Cedi e comecei a procurar seriamente pelo McDonald's mais próximo. De repente percebi que quase todos os cruzamentos pelos quais havíamos passado estavam ocupados por um pedinte. E então me dei conta! Se as duas pequenas estavam com fome, então todos aqueles pedintes também deviam estar.

Perfeito! Nosso ato de caridade havia surgido. Iríamos comprar comida para os pedintes.

Após encontrar um McDonald's e pedir dois lanches para minhas filhas, pedi mais quinze almoços extras e partimos para entregá-los. Foi animador. Parávamos perto de um pedinte, fazíamos uma contribuição e dizíamos a ele ou a ela que esperávamos que as coisas melhorassem. Então dizíamos:

- Por falar nisso, aqui está o almoço.

E então partíamos zunindo para o próximo cruzamento. Foi a melhor maneira de dar. Não havia tempo suficiente para nos apresentarmos ou explicarmos o que estávamos fazendo, nem havia tempo para que eles pudessem dizer nada para nós.

O ato de caridade foi anônimo e fortaleceu cada um de nós. Adoramos o que vimos pelo retrovisor: uma pessoa surpresa e encantada, segurando a sacola com o almoço e olhando para nós enquanto nos afastávamos. 
Foi maravilhoso! Chegamos ao fim do nosso "itinerário" e havia uma mulher pequena pedindo um trocado. Entregamos nossa última sacola com o almoço e imediatamente fizemos o contorno para irmos para casa. Infelizmente o sinal fechou e paramos no mesmo cruzamento onde estava a mulher Fiquei envergonhada e não sabia como me comportar.

Não queria que se sentisse obrigada a dizer ou fazer nada.

Ela se aproximou do carro. Então baixei o vidro quando começou a falar - Ninguém jamais fez nada parecido com isso para mim disse, espantada.

Respondi:

- Bem, fico feliz que tenhamos sido as primeiras. Sentindo-me constrangida e querendo mudar de assunto, perguntei:

- Então, quando você acha que vai comer seu almoço?

Ela apenas olhou para mim com seus grandes e cansados olhos marrons e disse:

- Oh, querida, não vou comer este almoço.

Fiquei confusa, mas, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela continuou:

- Você sabe, também tenho uma filhinha em casa e ela adora McDonald's, mas nunca posso comprar nada para ela porque não tenho dinheiro. Mas sabe o que mais? Esta noite ela vai comer no McDonald's!

Não sei se as crianças perceberam as lágrimas nos meus olhos. Tantas vezes eu questionara se nossos atos de caridade eram pequenos ou insignificantes demais para realmente fazer alguma diferença. Ainda assim, naquele momento, reconheci a verdade nas palavras de Madre Teresa:



- Não podemos fazer grandes coisas, apenas coisas pequenas com muito amor.



(Donna Wick)

17/12/2016

O POTINHO DA EULÁLIA

Eu dei uma reduzida no texto de Floriano Serra.
Quem quiser ler na íntegra pode ir GESTÃO EDUCACIONAL, para mim a parte romântica foi mais que suficiente.


Dias atrás, eu estava tomando o café da manhã em um grande hotel do interior de São Paulo, participando de uma convenção nacional da empresa onde trabalho.
Estava em companhia da minha mulher e de um grande amigo, o Fraga.
Um pouco antes de nos retirarmos da mesa, meu amigo pegou um daqueles potinhos com geléia e embrulhou-o num guardanapo de papel, dizendo:
— Este aqui eu vou levar pra Eulália – e guardou cuidadosamente o potinho em sua mochila para presentear sua mulher, que ficara em São Paulo.
Aquele gesto me comoveu pela sua simplicidade e, ao mesmo tempo, pela sua grandiosidade.
Entendi que era a maneira que ele tinha para tornar presente a ausência da mulher amada.
Ao lembrar de guardar aquele potinho para levá-lo para Eulália, o Fraga estava criando uma ponte invisível, mas poderosa, unindo pelo amor duas pessoas separadas entre si por quase 200 quilômetros.
Comoveu-me também por ver naquele gesto um reflexo do que eu próprio faço, há décadas, sempre que viajo sozinho: tenho uma enorme satisfação de levar para minha mulher potinhos, latinhas, vidros de xampu, sabonetes – aquelas coisas bobas e descartáveis que ficam à disposição da gente nos hotéis.
Não sei exatamente porque eu o faço.
Talvez seja uma maneira carinhosa de dizer a minha mulher:
“Viu? Lembrei de você!”
Ou talvez seja para compartilhar a solidão do hotel com ela, através de “presentes” simplórios e baratos, mas ricos de emoções e saudades.
Enfim, qualquer que seja o motivo desse procedimento, tem a ver com a maneira de amar “daqueles tempos” em que buscava qualquer pretexto para dizer “te amo” usando pequenas coisas do cotidiano para expressar grandes coisas do coração.
Algum leitor já escreveu uma carta de amor – certamente ridícula, como diria Fernando Pessoa – em um guardanapo de restaurante, só para aproveitar um portador inesperado?
Eu já.
E ela amou.
Os grandes e verdadeiros amores são feitos com potinhos, como os da Eulália!
Portanto, em nome do amor careta, que se fabriquem montanhas de potinhos e se distribuam a todos os hotéis; que se encham as mesas de restaurantes com bloquinhos para recados com lápis ao lado – de preferência coloridos, pois assim as cartas de amor ficam mais ridículas e por isso mesmo mais maravilhosas.
De qualquer maneira, para mim, essa conclusão me basta e me faz recuperar a serenidade.
Ou seja, estou com o Barão Vermelho e não abro:
Por você eu dançaria tango no teto
Eu limparia os trilhos do metrô
Eu iria a pé do Rio a Salvador...
Floriano Serra

26/11/2016

SER FELIZ OU TER RAZÃO

Oito da noite numa avenida movimentada.
O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos.
O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.
Ele dirige o carro.
Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem. 
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira a direita e percebe que estava errado.
Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.
Mas ele ainda quer saber: 
- Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais.
E ela diz: 
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite.

Essa pequena historia foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.
Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não.
pergunte-se com mais freqüência:
Quero ser feliz ou ter razão?
Pense nisso e seja feliz.

28/06/2016

ENSINAMENTO

Minha mãe achava estudo

a coisa mais fina do mundo.

Não é.

A coisa mais fina do mundo é o sentimento.

Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,

ela falou comigo:

"Coitado, até essa hora no serviço pesado".

Arrumou pão e café ,

deixou tacho no fogo 

com água quente.

Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.


Adélia Prado

25/06/2016

SILÊNCIO


O verdadeiro mérito...




é como um rio,



quanto mais profundo ele é,



menos barulho ele faz.



Marquês de Halifax

VÁRIOS CURSO SOBRE EDUCAÇÃO