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18/05/2010

RESPOSTA DE LINO DE MACEDO À REVISTA VEJA

Ao Senhor Diretor de Redação
VEJA

Prezado Senhor

Como antigo assinante desta revista e estudioso do Construtivismo, segundo Piaget, venho lamentar a publicação, em 12 de maio, da matéria “Salto no escuro”, escrita pelo Senhor Marcelo Bortoloti. Três semanas atrás, esta mesma revista, já publicara matéria contra o Construtivismo, escrita pelo Senhor Cláudio Moura Castro.

O texto do Senhor Marcelo Bortoloti é superficial, tendencioso e mal orientado.
É isto que a Veja entende por jornalismo científico? Como posso continuar assinando esta revista e sustentar minha confiança em suas matérias, sobretudo naquelas em que me sinto ignorante, se – a respeito do que venho estudando desde 1968 -, o que observo é algo totalmente sem respeito?

Indico abaixo os pontos de minha divergência como Senhor Botoloti:

1. Não há dogmas no construtivismo;

2. O construtivismo se caracteriza pela visão de enfrentamento (via realização ou compreensão) de problemas que requerem conclusão; se errada, o desafio é aprender com os erros:

3. Culpar os professores que se dizem construtivistas e não compreendem o que significa, para dai concluir que o construtivismo é responsável pelo fracasso da educação brasileira é simplificador e torpe, próprio de quem escreve sobre aquilo que não entende e, pior que isto, escreve com a motivação de confundir e “desconstruir”;

4. O quadro “A desconstrução do construtivismo”, em que este autor compara “pedagogia tradicional” X “construtivismo”, é de uma banalidade e falta de informação que causa dó e desrespeito em alguém minimamente informado sobre o assunto.

5. Meu pressuposto, pautado no excelente trabalho da Editora Abril, com a Revista Nova Escola e outros projetos educacionais, era que ela valorizava e somava forças com esta imensa tarefa de defender uma escola para todos, apesar das dificuldades deste projeto. Com a publicação deste artigo e do anterior percebo que a Veja é contra esta idéia, sendo favorável ao “melhor da escola tradicional”, com sua visão determinista, favorável à seleção dos mais aptos, o que exclui a maioria de nossa população de crianças e jovens. Que pena!

6. Culpabilizar, enfim, professores e gestores por suas dificuldades em aplicar idéias construtivistas, no Brasil, é injusto, superficial e tendencioso, pois não considera a complexidade de se aplicar princípios teóricos e epistemológicos à prática pedagógica; ignora, também, o muito que se tem feito e conseguido, apesar de tudo. Além disto, minimiza, vulgariza e desengana todos aqueles que, apesar da complexidade desta imensa tarefa, não desistem e aceitam o desafio de uma escola para todas as crianças e jovens.

Concluo informando que vou cancelar minha assinatura desta revista, porque perdi o respeito e a confiança que tinha por ela.
Atenciosamente

Lino de Macedo
Professor Titular do Instituto de Psicologia, USP.

14 comentários:

  1. Lino de Macedo,

    Obrigado!

    Mesmo ainda sendo eu, um jovem estudando e futuro professor de Educação Física, pois estudo para isso na Universidade Estadual de Londrina, fico feliz, contente, confiante que a educação é mais do que esta posta aí pela revista, ou pode ser, depende de todos nós, mas não sei ao certo a palavra que posso escrever aqui o que eu sinto ao ler sua resposta à revista veja, é lendo essa publicação "maldosa" que me ajuda ainda mais a estudar visando uma educação, um ensino menos desigual, menos excludente, com mais qualidade, para os alunos, que também são participantes de uma sociedade, buscando assim uma participação mais ativa, menos passiva de professores, alunos, zeladores, trabalhadores de maneira geral, pesquisadores! E não só educação escolarizada para os alunos com qualidade, mas também para os professores, diretores, zeladores, com condições de sempre estarem ressignificando suas ações buscando sempre avançar ao que já está conquistado, elaborado, construído.

    Bom, desde já é também, com orientação sua, com essa resposta, que me ajuda em minha formação profissional, mesmo que ainda em fase inicial desse processo longo, mas valioso. Assim contínuo estudando ( pois podemos compreender mais e mais) e propondo o mesmo para Marcelo Bortoloti. Vamos estudar um pouco mais por favor!
    Grande Abraço

    Gabriel Gonçalves Freire
    Discente Educação Física Licenciatura; Universidade Estadual de Londrina.

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  2. Tiago Efrem25/5/10

    Em se tratando de Matemática, situações problemas e situações práticas onde os conhecimentos matemáticos estão inseridos são trabalhadas, sim, sempre buscando que o aluno construa seu conhecimento. Porém, creio que o jornalista defenda que os exercícios de fixação são mais eficientes para o aprendizado, posto que se preocupa com números. Lembro que os métodos de avaliação usados, como SARESP, SAEB, PROVA BRASIL, entre outros, testam os conhecimentos para que os alunos respondam prontamente àquele questionamento. Daí os alunos acostumados a exercício de fixação saírem-se melhor nestes testes. Mas deixo a pergunta para o jornalista e para os educadores tradicionais que defendem sua reportagem: será que o aluno acostumado a ter exercícios de fixação prontos para serem respondidos saberá utilizá-lo numa situação prática, posto que o papel da escola é, segundo a Lei Federal 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), em seu artigo 22, "desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores."? Na verdade, os meios de avaliação ainda preservam os ideais tradicionais, o que precisa mudar para que o aluno educado na teoria construtivista possa mostrar seus conhecimentos também (lembrando que estamos tratando aqui, principalmente, de crianças em fase de alfabetização).
    Assim, gostaria que a Revista Veja e a Editora Abril revissem seus conceitos ao tratar de educação e valorizassem mais esta vertente da revista para que outras informações equivocadas não sejam difundidas aos leigos que as aceitam por serem veiculadas em tais meios de comunicação.

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  3. Tiago Efrem25/5/10

    Outro ponto da reportagem que me intrigou e fez-me pensar se estamos tratando do mesmo construtivismo (eu e o jornalista) é a aquisição de conhecimentos por osmose. Creio que o jornalista foi infeliz ao fazer tal afirmação, posto que, embasado em tudo que aprendi sobre construtivismo, o professor é MEDIADOR do processo de CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Este realiza sondagens com os alunos, agrupa-os para debater suas conclusões, media o debate, faz INTERVENÇÕES a fim de levar o aluno a construir o conhecimento almejado, dentro de sua Zona de Conhecimento Real, respeitando sua Zona de Desenvolvimento Proximal para chegar a sua Zona de Desenvolvimento Potencial (afirmações embasadas em Vygotsky). A criança não aguarda os conhecimentos chegarem e aprende por osmose em momento algum. Embasado mais uma vez em Vygotsky, é através da socialização dos conhecimentos que ela aprende.
    Mais equivocada ainda foi a afirmação de que, no construtivismo, "a criança deve assimilar as estruturas da língua com base na leitura de textos em que elas apareçam à exaustão". No trabalho proposto, trabalhamos textos diversos: literários, informativos, entre outros. O que acontece é que, na produção e na análise se textos, focamos algumas regras às quais buscamos trabalhar, discutimos MEDIANDO para que os alunos percebam onde ocorrem, construindo este conhecimento. Textos com repetições demasiadas, como no exemplo da reportagem, é texto pobre, evitado por um bom professor construtivista. Este bom professor busca produzir textos com os alunos, analisar textos BEM ESCRITOS, revisar os seus para melhorá-los, sobretudo evitando repetições, buscando ampliar seu vocabulário.

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  4. Tiago Efrem25/5/10

    O jornalista Marcelo Bortoloti, ao que pude pesquisar, é jornalista - ou seja, não possui formação alguma em educação. Escreveu sobre o construtivismo que, realmente, encontra muitos obstáculos, posto que o investimento a sério em educação neste país existe somente para inglês ver. Às vezes cursos são oferecidos, mas muitos dos que ingressam neles visam formação para progredir na carreira e aumentar o salário, posto que aquilo que recebem não é digno do papel que realizam. Porém, alguns o fazem para melhorar sua prática, buscando conhecimento para aplicá-lo em sala de aula, almejando QUALIDADE. E agora (incluo-me neste grupo) são obrigados a ver estas informações caluniosas quanto à teoria sob a qual trabalham.
    Primeiramente, o jornalista trata de Piaget, biólogo suíço (vejam bem, SUÍÇO - ou seja, vivendo em país desenvolvido, totalmente diferente do nosso). Piaget contribuiu muito para a educação ao estudar as fases de maturação e desenvolvimento biológico dos indivíduos. Contudo, ou muito me engano ou o próprio Piaget afirmava não ter tido influência sobre a educação, pois não era seu objeto de estudo. Em nenhum momento encontrei, na reportagem em questão, os nomes do bielo-russo Lev Semenovitch Vygotsky, contemporâneo de Piaget e que tem mais a ver com a educação brasileira, ou de Ana Teberosky e Emília Ferreiro, que estudaram a obra de Piaget e criaram a Psicogênese da Língua Escrita.
    Sobre este estudo, as autoras detectam que os alunos criam hipóteses de escrita. Estas partem da leitura global para a repartida em pedaços, conhecida como "silábica", para depois construir a escrita alfabética, conhecida por nós. Assim, vai de encontro a estas informações ensinar primeiro a sílaba e partir para a palavra, fazendo desta forma a criança somente decorar sílabas.
    Também poderia citar Telma Weisz, que debruçou seus estudos sobre os das autoras supra para criar o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA) no Estado de São Paulo e adotado por muitos municípios em seus programas de alfabetização, onde se afirma que mesmo crianças não alfabetizadas podem criar textos, ditando para um escriba. Estes textos possuem muita coerência e coesão e, em alguns casos, vocabulário muito rico. Isto contradiz a velha teoria tradicional de ensinar textos por meio de frases que se utilizam de sílabas canônicas relacionadas a uma família silábica, muitas vezes sem ligação entre si, podendo ser apresentadas em qualquer ordem... ou seja, um texto PAUPÉRRIMO EM SE TRATANDO DE QUALIDADE.

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  5. Tiago Efrem25/5/10

    Gostaria, neste momento, de tratar da matéria publicada pela Revista Veja na data de 12 de maio de 2010, intitulada "Sob os dogmas do construtivismo". Porém, não poderia fazê-lo sem algumas observações anteriores: A supracitada revista faz parte do grupo Abril, responsável também pela Revista Nova Escola - que defende a teoria construtivista. Assim, já começo este email questionando o compromisso da Editora Abril com a educação, publicando versões tão contraditórias sobre o assunto.
    Em seguida, percebo que muitos meios de comunicação veiculam que a educação é a base para o avanço do nosso país, que um país só se faz a partir da educação. Concordo com esta afirmação, caso contrário não seria professor. Mas percebo que a revista em questão confere a seção de economia a pessoas conhecedoras do assunto, o que o faz também com outros assuntos mais relacionados a finanças, o que - ao menos me parece - realmente importa, deixando na mão de jornalistas diversos a pauta de educação, sem se preocupar em colocar nas mãos de pessoas envolvidas com a educação de verdade, sem consultar pessoas que estão dentro da sala de aula, conhecedoras da realidade da educação.
    Agora, podemos começar a falar da reportagem.

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  6. Tiago EFrem25/5/10

    Concordo com o que foi dito pelo professor Lino de Macedo. Enviei resposta à Veja também e não tive retorno. Soub por terceiros que a revista publicou apenas duas respostas,ambas favoráveis à reportagem. Também soube que muitas pessoas escreveram atacando-os, mas não foram publicadas.

    Segue meu texto enviado, fragmentado devido ao seu tamanho:

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  7. Tiago Efrem25/5/10

    ps - houve um engano ao postar o texto. Leia-o da última para a primeira parte.

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  8. Como jornalista e estudante de Pedagogia, sinto-me satisfeita, depois de ter lido uma das matérias mais absurdas que já li na Veja, com a resposta do professor Lino de Macedo. No entanto, me surpreendi não com a postura da Revista, que já perdeu meu respeito há tempos, mas com a forma amadora com que ela tratou o assunto. Quanto ignorância. Creio que a revista Veja já foi mais inteligente e bem elaborada até para enganar e manipular, mas hoje vejo que nem para isto ela tem servido. Serviço sujo e mal feito. Obrigada, professor.

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  9. Prezado Lino de Macedo,

    Grata pela defesa em relação a Reportagem equivocada da Veja. Com certeza, nós EDUCADORES, que realmente somos conhecedores do assunto, repudiamos a reportagem sem nenhuma base sobre o que realmente é o construtivismo. É uma pena a Revista Veja se posicionar de forma pequena, ingênua, sem nenhuma base teórica sobre o Construtivismo e as contribuições deste para a aprendizagem.
    Realmente lamentamos a falta de informação da revista e sua consequente exposição, pois confiança é tudo!!!

    Com certeza não vejo o nome Lino de Macedo, com forte contribuição para a educação em nosso País, na lista de assinantes da Revista Veja

    Obrigada Lino!!!

    Adriana Gondim Fialho-Fort-Ce

    Pedagoga/Psicopedagoga/Assessora Pedagógica
    Prestação de atendimento e palestras para educadores, pais e educandos nas capitais e interiores do Brasil.

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  10. A repotagem da Revista Veja serviu para algumas coisas: deixar o sr. Marcelo Bortolloni desacreditado, muitos assinantes e leitores desta revista decepcionados, e aumentar a discussão, a curiosidade, o entendimento e estudos sobre o construtivismo. Serviu também para admirarmos ainda mais um grande educador, um ser brilhante, um gênio construtivista chamado Lino de Macedo.
    Querido Prof.
    Obrigada por sua esplêndida carta. A resposta, não poderia ser melhor

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  11. Anônimo1/7/10

    Achei interessante que não se fala de Emilia Ferreiro em parte alguma da reportagem , sendo que esta é a originaria autora teoria do construtivismo , ela sim sendo discípula e com base nas observações de Piaget quanto ao desenvolvimento mental da criança,observou o desenvolvimento da escrita , e nós brindou com a teoria do construtivismo . Por ai já tenho base que não se trata de atacar a teoria construtivista e sim o desenvolvimento do ser pensante em um todo, ou seja, fazer com que a massa tenha como ilusão que o construtivismo não desenvolve o raciocínio da criança, pior é querer a volta de seres manipulados engolidores de bê-á-bá.
    Assim como o jornalista foi infeliz em sua colocação, é infeliz a forma que é jogada no país os métodos e teorias de aprendizagem, como a progressão continuada e tantos outros que fora exportados e não adaptados para o nosso país, para nossa realidade, por isso a não compreensão dos meios das teorias e tantos outros canais de aprendizagem.
    Professor, o que me incomoda não é um ignorante (sendo que falo em ignorar, alguém que ignora) não conhecer o construtivismo, e sim a manipulação feita pelos veículos de comunicação.
    Será que dentre este período em que nossas escolas vem aplicando a teoria do construtivismo em seus pequenos estes não se tornaram mais exigentes e cidadãos críticos atingindo de fato a função da educação. É um caso a ser pensado.
    Eu como mãe e estudante de pedagogia ainda no ultimo semestre, venho pautar minha indignação quanto a reportagem da revista veja n° 2164.
    Grata
    Fátima Maria Gonçalves
    Estudante da Faculdade Editora Nacional – Faenac - Anhanguera

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  12. Prezado Professor Lino Macedo,

    parabéns pela defesa da "educação". Concordo em gênero, número, grau, tempo, modo, voz e aspecto. Será que o senhor "Jornalista" conhece esses traços semânticos?

    Um erro não justifica outro e, se há problemas na educação e na aplicação de diferentes teorias para as ações de ensinar e prender, esses não justificam tamanha leviandade.

    Já faz algum tempo que esse senhor, especialista em sei lá o quê, insiste em, por meio das armadilhas da linguagem, fingir posicionar-se em favor da educação e contra professores, “métodos” e afins.

    Gostaria de saber se o "digníssimo" - cujo nome me recuso a proferir - é filho da escola pública, professor da escola pública ou até diretor de uma. Será que o é?

    Sabe-se que é fácil, ao rei, falar que o povo tem defeitos, quando os analiso de dentro do meu castelo. Não gosto de leituras periféricas.

    Como alguém que conhece muito bem a língua(gem) e as suas manifestações, refuto veementemente uma revista que aceita matérias que, em tese, deveriam ser "im"parciais, analíticas e informativas.

    Eles sabem que a postura assumida pela matéria mais destrói do que constrói.

    Se quisermos falar dos problemas da educação, falemos, mas que o façamos com o mínimo de “vaidade”, de paixão ou "patologias" pessoais. "Não é assim que a banda deve tocar" e não é desse modo que conseguiremos harmonizar a melodia.

    Cordialmente,

    Professor Sidnei Barreto Nogueira
    Doutor em Semiótica e Lingüística Geral pela FFLCH-USP
    Aluno e professor da escola pública
    Coordenador do Curso de Letras da Anhanguera de São Caetano e especialista em Fundamentos e Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa.

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  13. Anônimo14/12/10

    Interessante ver como professores possam ainda concordar que o construtivismo,não seja uma erva daninha em nossa sofrida sociedade.Como podem não enxergar,o sofrimento desses inocentes,que não conseguem sequer aprender a ler.Meu Deus,por uma alienação,por algo que vocês acham lindo e apaixonante,vocês condenam milhares de crianças a absoluta falta de conhecimento.Está aí pra quem quiser ver,nossas crianças não estão aprendendo,são carentes elas precisam que nós professores não sejamos meros mediadores,precisam que as passemos nosso conhecimento.Acordem,por Deus,eles estão ainda criando a própria personalidade,sexualidade, caracter,eles não conseguem construir seu próprio conhecimento.Eles ainda não estão prontos,não estão maduros,suas famílias são desistruturadas,tenham piedade.Quantos de você não aprenderam a ler e escrever com o método tradicional?Por favor,tenham amor por nossos anjos.Tenham misericórdia,eu imploro.Lutem pela verdadeira educação.Isso,que vocês julgam cruel,essa educação tradicional é que garantirá um futuro digno a eles,como o de vocês.Como eles vão conseguir dar sentido ao que o construtivismo prega?Como poderão encarar a vida?A vida não é um sonho bonitinho.A vida real pode ser cruel,especialmente para uma criança pobre de interior,essa criança não evolui com o construtivismo.Pesquisem,contestem,procurem.Os dados estão aí.Despertem antes que seja tarde,os Estados Unidos,França e Inglaterra,países de primeiro mundo,países em primeiro lugar na Educação aboliram o construtivismo,só isso seria motivo o suficiente,haja visto que estamos muito mal,nesse aspecto.Não é só o jornalista, psicólogos,médicos e até educadores pensam assim,pesquisam,averiguem.Por favor,pensem com o coração.O filho de vocês estudam em qual escola?Você é um assalariado?
    Eu sou uma professora assalariada de creche,tenho sobrinhos que não conseguem aprender.A menina,até no meio do ano estava em escola da prefeitura com o que costumam dizer não ser o método construtismo,ela não reconhecia as vogais.Trouxemos ela e o irmão para morar conosco e a professora com o método tradicional a ensinou a ler,ela está tão feliz,ganhou gosto pela escola.O menino por ser mais velho,ainda está com sérios problemas,mas,já começa a ler bem melhor,na escola tradicional.Os professores que conheço sempre dizem que os alunos onde o método é tradicional se saem melhor do que os ensinados com construtivismo.E os digo,são professores excelentes.
    Por favor,é um apelo de uma tia,uma educadora desesperada,culpada,em depressão por saber que muitas vezes tentei passar conhecimento e fui obrigada a deixar que eles construissem algo fora de seu alcance.É horrível,é cruel,é desumano.Misericórdia de nossas crianças pobres.O jornalista disse coisas muito coerentes,são inteligentes sei que sabem disso.É toda uma geração perdida.Imploro por Deus,não permitam mais isso.

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  14. Uma das conseqüências mais marcantes da democracia no capitalismo é o fato de que todo cidadão é também um consumidor. Dependendo do grau de desenvolvimento democrático da sociedade, do grau de cidadania, a consciência e a criticidade do consumidor também é desenvolvida. A Revista Veja, outrora importante instrumento da defesa e construção das liberdades em nosso país, vem perdendo assinantes – e formadores de opinião - e tem suas vendas de varejo, de banca, despencando. Certamente vem amargando prejuízos ao longo dos últimos anos e isso nos leva a deduzir que sobrevive apenas em função das boas vendas de outros produtos da editora, inclusive da Revista Nova Escola. Isso nos faz deduzir ainda que tal editora tem algum interesse em manter em circulação um veículo de comunicação que esteja dando prejuízo e que, notadamente, é no mínimo tendencioso em suas matérias. Felizmente o consumidor está deixando de se tornar apenas um simples consumidor, alienado e se tornando um cidadão pleno nesse país; e isso, graças à educação e aos educadores comprometidos. Enfim, empresas e produtos que não respeitarem o cidadão estarão condenadas ao desaparecimento pelo simples fato de não serem “consumidas”. Resquícios da velha ordem estão desaparecendo do horizonte. É só uma questão de tempo, de amadurecimento. Estamos no caminho certo.

    Márcio L. Rangon
    Professor, Sociólogo, Pedagogo, Psicopedagogo, Analista Educacional

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