Já não é de hoje que sabemos que a Via Láctea, grande conjunto de gás e poeira que serve de residência para uns 200 bilhões de sóis, dentre os quais o nosso, está num curso de colisão com sua vizinha mais pujante, a galáxia de Andrômeda. Aliás, um aviso para já acalmar os mercados: o "encontro" não vai acontecer em menos de 3 bilhões de anos.
A melhor definição para essa colisão talvez seja "briga de família". Neste canto do Universo, Andrômeda e Via Láctea são as maiores galáxias (provavelmente nessa ordem) do pedaço, seguidas pela galáxia do Triângulo. Além dessas três, que têm o tradicional formato espiral, o chamado Grupo Local ainda possui uma porção de outras pequenas galáxias, a maioria de formato irregular, como a Grande Nuvem de Magalhães.
Todas estão zanzando pelo espaço sideral num balé próprio, regido pela atração gravitacional que exercem umas sobre as outras. Medindo a luz que vem delas, os astrônomos podem dizer se estão indo ou vindo. Daí o conhecimento de que Andrômeda, hoje a 2,9 milhões de anos-luz de distância (um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros), se aproxima de nós a uma velocidade aparente de cerca de 500 mil quilômetros por hora.
Se o choque com Andrômeda parece um cenário por demais melancólico para nossa pobre galáxia, tente respirar um pouco mais aliviado: embora sejam grandes eventos vistos de fora, de dentro talvez nem tenha tanta graça. Simulações de computador mostrando o que aconteceria dentro das duas galáxias durante a reunião parecem indicar que colisões entre estrelas são raríssimas, e que em geral esses astros sobrevivem bem ao processo.
O Sol provavelmente ainda estará por aqui quando acabar a reforma do bairro. "
DO SITE APOVINI
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