Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
-Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua.
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua.
Chamaram-na Mandi.
Mandi era linda, silenciosa e quieta.
Comia pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se.
-Vá brincar, Mandi, dizia o pai.
-Coma um pouco mais, dizia a mãe.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha.
Mandi parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede.
O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas à menina.
Mas não atinava com o que tinha Mandi. Toda a tribo andava triste.
Mas, deitada em sua rede, Mandi sorria, sem doença e sem dor.
E sorrindo, Mandi morreu.
E sorrindo, Mandi morreu.
Os pais a enterraram dentro da própria oca.
E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios Tupis.
Regavam com lágrimas de saudade.
Um dia perceberam que do túmulo de Mandi rompia uma plantinha verde e viçosa.
-Que planta será esta?
Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.
-É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa.
Poucas luas se passaram e ela estava altinha, com um caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.
- A terra parece fendida, comentou a mãe de Mandi.
-Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios.
E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios.
Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mandi.
Da oca de Mandi surgia uma nova planta!
-Vamos chamá-la Mandi-oca, resolveram os índios.
-E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento!
Assim fizeram!
Depois, plantando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca.
E até hoje entre os índios é este um alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu na casa de Mandi?
Fonte: A Lenda da Mandioca(lenda dos índios Tupi) Adaptação de Maria Thereza Cunha de Giacomo Ilustrações de Heinz Budweg Coleção "Lendas brasileiras", n.7. 2 ed. Edições Melhoramentos: São Paulo, 1977.
Fonte: A Lenda da Mandioca(lenda dos índios Tupi) Adaptação de Maria Thereza Cunha de Giacomo Ilustrações de Heinz Budweg Coleção "Lendas brasileiras", n.7. 2 ed. Edições Melhoramentos: São Paulo, 1977.
Olá,Foi minha mãe que me contou está historia,eu achei linda,só que minha mãe tinha outra versão,quando Mandi nasceu,ninguem a queria,exatamente por ela ser diferente da tribo,minha mãe me contou que Mandi morreu de tristeza pq não tinha carinho de ninguem...
ResponderExcluirBom dia!Está é uma historia linda,que tb minha mãe me contou e eu passei para meus filhos...Só que era um pouco diferente...
ResponderExcluirPois eu conheço diferente,minha av´ó me contou ,gostei mt s2s2
ResponderExcluirBeeijooos
ESSA HISTORIA E MUITO DIFERENTE DA QUE EU SABIA MAIS E UMA VERSAO MUITO MELHOR
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