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27/11/2008

KOYAANISGATSI

Koyaanisqatsi(1983)(qatsi = vida; e koyaanis = loucura, tumulto, fora de compasso, desintegração ou um estado que pede por outro modo) é com certeza um dos filmes mais impressionantes que já foram feitos.
Trata-se de um documento poderoso e atordoante.
Não há como assisti-lo e não adquirir uma sensação, seja de susto ou de profundidade estética e filosófica.
A sua intencionalidade nos provoca.
A sobreposição de cenas nos conduz por um ambiente silencioso.
Não há vozes no filme.
Não há palavras...
Quem fala são os atos, ações humanas, o desequilíbrio humano.

O homem ao fundo se assemelha as celulas de seu próprio corpo, onde milhões se movimentam sem saber O PORQUE.



O filme possui por fundo uma trilha sonora notável, arrebatadora, que funciona como um guia para nos mostrar imagens indescritíveis.
Philip Glass, responsável pela composição sonora, afirma que “a estrutura, a base, as imagens e a música são o elemento interdisciplinar” que tornam o filme belo.
As imagens se movimentam e mostram a contingência notável entre natureza, homens e máquinas




O diretor Godfrey Reggio afirma que a sua principal razão para fazer o filme foi apontar o desequilíbrio da vida.
O nome estranho foi tomado do idioma Hopi, uma tribo índigena americana (qatsi = vida; e koyaanis = loucura, tumulto, fora de compasso, desintegração ou um estado que pede por outro modo).

Assim, ao final o filme tem o significado básico de “vida louca”, “vida tumultuada”, “vida fora de balanço”, “vida desintegrando-se” ou “um estado na vida que pede por outro modo de viver”.
Reggio ainda afirma que o filme buscou tratar sobre a essência da vida.
Do homem mergulhado no silêncio do tempo, cercado pelo absoluto da tecnologia. “Não é que usemos a tecnologia, vivemos a tecnologia.
Ela é tão indispensável quanto o ar que respiramos. Não temos mais ciência de sua presença”, afirma.
Trata-se de um sistema que é alimentado pela necessidade humana. Os homens foram tragados pela via tecnológica.
“O acidente de hoje não é visto por quem o presencia”. Com certeza, aí está uma assertiva profunda. O homem moderno deificou a tecnologia.
A paisagem humana é tecnologizada. Os microchips de computadores são os portadores da nova inteligência. Godfrey, que afirma ter sido influenciado pela religião, diz que a nova religião do homem é a tecnologia.




O sistema criado pelo homem se movimenta. O silêncio da natureza, trabalhou durante as eras magnificentemente as formas dos montes, dos rios, dos vales. O homem transformou o mundo recentemente. Leonardo Boff disse numa palestra que a lógica proporcional, leva-nos a afirmar que a terra surgiu nos últimos dois minutos da história do universo; e o homem , por sua vez, a cinco segundos. A vida criada pelo homem é desequilibrada, louca, tumultuada e está fora de controle.
O último dos seres a surgir no planeta é a mais espetacular e a mais terrível das criaturas.Assim, o filme busca criticar a vida que está fora de equilíbrio. Fora dos eixos. O monstro manco feito pelo homem.

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