As normalistas eram as mulheres que se cursavam o Curso Normal também conhecido como Magistério de 1º grau ou Pedagógico sendo um tipo de habilitação para o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental.
Por opção, o professor poderia complementar por mais um ano, o chamado quarto normal, em uma área específica, o que habilitaria a atuar ate a 7ª série (atual 8º ano).
Normalistas eram as moças bem educadas, sofisticadas e delicadas que em contato com as classes estudantis, nem sempre tinham as alternativas e as propostas condizentes com as demandas das comunidades. Elas cursavam a escola normal, aquela que as formava para serem professoras nas escolas normais de todo o país voltada ao ensino infantil.
As normalistas descendentes de família da classe média ingressavam na profissão professor, pois viam o salário como um complemento para a renda mensal da família ou em alguns casos para garantir um casamento bem sucedido com alguém, pois a profissão de professora, naquela época, era a única aceita para mulheres.
A partir de 1920 a profissionalização do professor em cursos normais passa de necessidade para exigência. A estudante e o estudante dos cursos normais são potenciais professores, em um Brasil carente de profissionais habilitados para exercer funções na área da saúde, da educação e da indústria.
Mais tarde, em 1996 o Ministro da Educação Paulo Renato de Souza, aprovou a nova LDB que era exigia como habilitação mínima o magistério e que passou a ser licenciatura e depois reabilitado para o curso Normal pela Portaria E/SUEN número 07, de 22 de fevereiro de 2001, até que não exista mais professor leigo no país.
Mas mantém as mesmas características: prioridade curricular para os componentes das áreas das ciências sociais e humanas; preocupação demasiada com a prática, muitas vezes, sem reflexão e sem teorização; suporte teórico assentado na pedagogia tradicional, desconsiderando outras tendências e paradigmas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE.