Imagine que um cidadão tivesse dormido um século e acordasse agora. O mundo seria uma grande surpresa para ele. Aviões. Celulares. Arranha-céus. Ao entrar numa casa, ele não conseguiria entender o que é uma televisão.
Ou um computador. Poderia se maravilhar com uma barra de chocolate. Escandalizar-se com os biquínis das moças.
Perder-se num shopping center. Mas, quando ele deparasse com uma escola, finalmente teria uma sensação de tranqüilidade. "Ah, isso eu conheço!", pensaria, ao ver um professor com um giz na mão à frente de vários alunos de cadernos abertos. "É igualzinho à escola que eu freqüentei."
Essa parábola é quase tão velha quanto o personagem que dormiu cem anos. É contada em inúmeras palestras e cursos de reciclagem de professores. Ilustra como a escola se mantém fossilizada, num mundo que não pára de mudar.
A escola como a conhecemos hoje é fruto de uma sociedade forjada no século XVIII, quando a Revolução Industrial e o fortalecimento dos Estados modernos criaram a necessidade de formar cidadãos qualificados para um novo mercado de trabalho. A Revolução Francesa e a independência americana também inspiraram um ideal igualitário, que disseminou a idéia da educação como um direito de todos.
Era uma ruptura em relação à escola antiga, voltada para a formação de uma elite - fosse a casta religiosa da Idade Média, os burocratas a serviço dos reis ou os aristocratas da Grécia clássica. Com a inclusão das massas na escola, foi preciso criar mecanismos de homogeneização. Vieram daí a divisão dos alunos em séries, a especialização dos professores em disciplinas e a sistematização de um ensino básico a ser transmitido para todos.
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Edição nº 466
O que as escolas precisam aprender
como faço para ler o conteúdo completo? clico no link e a página que aparece diz que esta fora do ar.
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