No início dos anos 1990, uma
coleção de enciclopédias tinha o mesmo valor educacional que um microcomputador
tem hoje em dia – eram ótimas ferramentas de pesquisa para os estudantes.
Para
quem tem menos de 20 anos, pode parecer incompreensível.
Como uma coleção de livros de
capa dura, grandes, pesados e difíceis de manusear, pode ser tão eficaz quanto
os programas de busca da internet, que nos colocam a dois cliques de qualquer
resposta?
A geração que nasceu depois do
surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da
história.
Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo
digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na
internet.
Uma pesquisa da Universidade de
Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital não sabe
pesquisar.
Acostumados com a comodidade oferecida por mecanismos de busca como
o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por esses serviços.
O estudo mostrou que os
estudantes usam sempre os primeiros resultados que aparecem após uma busca, sem
se importar com sua procedência.
No estudo, os pesquisadores pediram a um grupo
de universitários que respondesse a algumas perguntas com a ajuda da internet.
Mas fizeram uma pegadinha: fontes de informação que não apareceriam no topo da
lista de respostas do Google foram apresentadas propositalmente como primeira
opção.
Os estudantes nem notaram a
troca: usaram as primeiras respostas acriticamente.
Outro
estudo, realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos,
pedia que 102 adolescentes que estavam se formando no ensino médio buscassem
termos diversos em sites de pesquisa on-line.
Todos trouxeram os resultados,
mas nenhum soube informar quais eram os sites usados para obter as respostas:
se veio da internet, já estava bom.
A conclusão dos cientistas é que
os estudantes de hoje confiam demais nas máquinas.
Em princípio, esse
comportamento faz sentido, porque os sistemas de buscas oferecem conteúdos cada
vez mais relevantes.
Mas gera uma efeito colateral preocupante: a perda da
capacidade crítica.
“Precisamos ensinar os alunos a avaliar a credibilidade das
fontes on-line antes de confiar nelas cegamente”, diz Bing Pan, pesquisador da
Universidade de Charleston.
“As escolas deveriam ajudar os estudantes a julgar
melhor as informações.”
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