Escrito e ilustrado por Stephen Michael King, "O homem que amava caixa" produzido originalmente em 1995, é uma delicada pintura dos sentimentos de um pai.
A imagem visual encarrega-se de transmitir a informação que o código lingüístico estrategicamente ignora — a descrição de cenários, tempo e paisagens, mais a caracterização de personagens, animais, objetos, etc.
E a distância entre pai e filho é reforçada pela expressão dos olhos, pelas cores, pela oposição entre espaços fechados e abertos.
Inicialmente, como dentro de sua própria caixa, o homem lê um livro no conforto da sala de casa, sai à varanda, retorna para sua oficina.
O filho é todo horizonte, praia, mar e montanha, cabelos ao vento em desalinho, em desalento.
O tempo preenche caixas de todos os tipos e tamanhos…
As novidades construídas pelo pai acabam por trazer o menino para mais perto e dentro de casa, enquanto outros brinquedos permitem vôos lá fora, no alto e imenso céu.
O tempo preenche caixas de todos os tipos e tamanhos…
As novidades construídas pelo pai acabam por trazer o menino para mais perto e dentro de casa, enquanto outros brinquedos permitem vôos lá fora, no alto e imenso céu.
Ambos sabem que não é preciso dar ouvidos ao estranhamento dos outros, pois nem todos os sentimentos necessitam ser falados.
Eis uma linda estória enriquecida pela simplicidade que fala as nossas Almas.
E a linda e profunda estória é assim...
O homem tinha um filho.
O filho amava o homem.
E o homem amava caixas.
Caixas grandes, caixas redondas, caixas pequenas, caixa altas, todos os tipos de caixas!
O homem tinha dificuldade em dizer ao filho que o amava; então, com suas caixas, ele começou a construir coisas para seu filho.
Ele era perito em fazer castelos e seus aviões sempre voavam... a não ser, claro, que chovesse. As caixas apareciam de repente, quando os amigos chegavam, e, nessas caixas, eles brincavam... e brincavam.
A maioria das pessoas achava que o homem era muito estranho.
Os velhos apontavam para ele.
As velhas olhavam zangadas para ele.
Seus vizinhos riam dele pelas costas.
Mas, nada disso preocupava o homem.
Por que ele sabia que haviam encontrado uma maneira especial de compartilharem o amor de um pelo outro.
Acompanho seu blog a um bom tempo e acho-o incrível. Parabém pela sensibilidade como aborda seus textos. Fiquei emocionado com a postagem "O homem que amava caixas".
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