O turista, de acordo com ele, viaja por recreação, busca apenas o prazer, não dá atenção à situação social do local que visita e muito menos às pessoas que lá estão apenas para servi-lo. Raramente traz de volta uma experiência de vida.
Para o turista, pouco importa o caminho.
O tempo da viagem é um hiato, um tempo perdido, programado, quando geralmente ele dorme. A programação do turista é prévia: ele quer conhecer partes, em tempos corretos, e nada pode dar errado. Sua viagem, em geral, nada tem a ver com o momento que está vivendo, antes e depois das férias.
Já o peregrino, segundo De La Taille, viaja porque tem um querer, busca alguma coisa, uma identidade.
Escreve um diário e traz da sua viagem uma experiência.
Para ele, a ida e a volta são lentas e importantes, o caminhar tem seu valor.
O peregrino não busca o prazer, mas a alegria.
Enquanto o turista espera, o peregrino quer.
"Que cidadãos estamos reproduzindo na escola, turistas ou peregrinos?", pergunta De La Taille, acreditando ser a primeira opção a resposta.
Para ele, vivemos numa era de fragmentação, tanto de tempos como de espaços.
"Nosso tempo é uma seqüência de pequenas urgências", argumentou. O celular, que o psicólogo fez questão de dizer que não tem, e o e-mail, da forma como são utilizados, são os exemplos máximos desse tipo de fragmentação.
"Vivemos a ditadura do prazer numa época em que a ordem é comunicar-se, o que é muito diferente de estar com o outro."
PALESTRA
Do Tédio ao Respeito de Si: Educação Moral e Formação Ética – Yves de La Taille
Quem nos ensina a viver?
Existimos de duas formas: há os turistas e os peregrinos, segundo o psicólogo, Yves de La Taille, em palestra, no Programa Café Filosófico (TV Cultura).
DO BLOG FAROL DO BUSCADOR
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