Hoje recebi um belo presente.
A Wilma, professora e poetisa me enviou um email.
Ganhou meu coração, ficou minha amiga.
Quanta alegria! Coisas assim afagam minha Alma.
Obrigado Wilma.
Eu é que digo, PARABÉNS PELO SEU TRABALHO!
Suas poesias já estarão no blog.
Sou professora aposentada da Rede Estadual Paulista desde o ano 2000.
Lecionei por 29 anos nas séries iniciais, principalmente como alfabetizadora, mas lecionei durante nove anos para a quarta série, quando,então, me aposentei.
Escrevo poemas,e ultimamente tenho feito vários deles cujos temas são animais, insetos, mamíferos,etc!
...
Enfim, gostaria que vocês conhecessem alguns de meus poemas e se acharem oportunos dou-lhes a liberdade de publicá-los quando acharem conveniente.
Um abraço e parabéns pelo trabalho de todos vocês.
Maria Wilma
MEMÓRIAS DE BRIGITE
Essas memórias são de um insetinho
Contadas por ele mesmo, acredite!
Um mosquito fêmea muito esquisito
Que neste relato se chamará Brigite
As memórias desta poderosa Brigite
Aqui serão contadas em clima de paz
Pois ela não está ainda contaminada
Assim causar a dengue ela é incapaz!
“Eu sou um insetinho bem perigoso
De uma espécie oriunda lá do Egito
Por ser muito odiada naquele lugar
Foi logo batizada de Aedes Aegypti
O meu corpo é rajado de branco e preto
E só procrio em águas limpas e paradas
Eu as encontro em recipientes artificiais
Graças ao descaso de pessoas relaxadas!
Há tempos minha espécie é malquista
Pois leva febre e dor para muitos lares
E por ser um mosquitinho cosmopolita
Do Egito, partiu para bastantes lugares
Assim, por mares um tanto navegados
Viajou clandestina causando agravos
Em navios negreiros chegou ao Brasil
Na travessia, dizimou muitos escravos
Quando aportou em terras brasileiras
Como sempre o invasor ficou à vontade
Começou a disseminar a febre amarela
Depois também a dengue sem piedade!
Há muito tempo por aqui estabelecido
Tornou-se do país uma grande mazela
A minha espécie voa livremente por aí
Provocando a dengue e a febre amarela
Debaixo de mesas, armários e cadeiras
Persigo de dia gente de qualquer idade
Não escolho posição social, sexo ou raça
Ataco ao amanhecer e ao final da tarde
Por ser uma fêmea, preciso muito de sangue
Por isso saio picando com tanta desfaçatez
O sangue ajuda a amadurecer os meus ovos
Você poderá ser a vítima da próxima vez!”
Ao terminar de contar as suas memórias
Brigite foi picar pernas, sabe-se lá quantas!
Enquanto voa por aí à procura de sangue
O macho alimenta-se de seiva das plantas
Se ela encontrar água em calhas, garrafas
Caixas-d’água descobertas, pneus, pratinhos...
Ou em outro recipiente com água da chuva
Ali vai pôr de cada vez uns duzentos ovinhos!!
Quando picar alguém com o vírus da dengue
Durante a sua vida, em torno de trinta dias,
Da dengue se tornará um vetor permanente
E poderá transmitir a doença para as crias!
Um zumzum por aí diz que ela terá outro fim
Brigite sonha muito ser atriz de cinema e tevê
Mas cá entre nós, eu acho que o destino dela
Será desaparecer numa nuvem de” fumacê”!
Maria Wilma Ferrone Corrêa
13/05/2010
ler todo o blog, muito bom
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